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O Dia Mundial sem Tabaco de 2010, celebrado nesta segunda feira (31), tem este ano o tema Gênero e tabaco com ênfase no marketing para mulheres .
O objetivo da campanha é ar sobre as estratégias que a indústria do tabaco usa para atingir mulheres. O Instituto Nacional de Câncer estima que o tabagismo seja responsável por 40 dos óbitos nas mulheres com menos de 65 anos.
Males que o cigarro traz à saúde feminina
Se antigamente o cigarro era símbolo de independência, hoje ele representa justamente o contrário. Cada vez que uma pessoa acende um cigarro demonstra o vício, a dependência que possui pela nicotina.
No caso das mulheres fumantes a saúde requer o dobro de cuidados, pois no organismo feminino, além dos problemas já mencionados, o tabagismo favorece:
•Menopausa precoce;
•Câncer de colo de útero;
•Osteoporose;
•Infertilidade.
Carolina Carvalho, ginecologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que os riscos de câncer são maiores em fumantes porque o cigarro produz no corpo um efeito chamado metaplasia, que é quando um tecido se torna mais resistente e passa a se multiplicar, muitas vezes dando origem a tumores.
Quem usa anticoncepcionais ou faz tratamento de reposição hormonal com medicamentos que contém estrogênio também corre mais riscos de sofrer problemas cardiovasculares. Segundo o INCA, essas mulheres têm dez vezes mais chances de ter um infarto do miocárdio, embolia pulmonar, tromboflebite (inflamação de veia superficial causada, geralmente, por um coágulo) e derrame cerebral.
Isso acontece porque a pílula promove uma constrição nos vasos sangüíneos, diminuindo a capacidade do fluxo sangüíneo. "Assim como o cigarro, o estrogênio aumenta a coagulação do sangue, aumentando consideravelmente o surgimento de trombose e levando a infartos, AVCs e outros problemas cardiovasculares", afirma Carolina.
As gestantes também devem abandonar o vício para garantir a saúde dos bebês. Fumar durante a gravidez pode provocar:
•Aborto;
•Má formação fetal;
•Parto prematuro;
•Bebês de baixo peso;
•Dificuldades de amamentação;
•Problemas com a cicatrização.
Se a mulher pára de fumar durante a gravidez, tem bons motivos para continuar sem o vício. "Após o parto, a mulher passa pelo que chamamos de período puerpério, onde o risco de tromboses também é muito alto. Além disso, para não prejudicar o bebê, ela não deve fumar durante todo o período de amamentação", diz a ginecologista.
A fertilidade das fumantes também fica comprometida e a menopausa pode chegar até cinco anos mais cedo que o normal. O climatério, ou seja, os sintomas da menostasia, também são mais severos nas mulheres que fumam. |