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Muitos pais trazem seus filhos ao consultório por estarem baixinhos, porém raramente eles serão portadores de uma doença grave que leva à deficiência do hormônio do crescimento (GH) ou nanismo. Normalmente, a baixa estatura apresenta características familiares, constitucionais. Mas deve se sempre avaliar melhor a criança com déficit estatural para descartar causas graves do atraso do crescimento. Só assim pode se proporcionar uma estatura compatível com a genética, e um adequado desenvolvimento físico e psicossocial da criança em tempo hábil.
No nanismo hipofisário ocorre um comprometimento da velocidade de crescimento para menos de 2 cm ao ano até o final da puberdade. Isto se deve a uma produção deficiente do GH, referente a uma tumoração cerebral (ou outras causas mais raras), em que ocorre uma destruição total ou parcial da glândula hipófise, produtora de GH.
Esta deficiência estatural pelo GH é melhor diagnosticada após o terceiro ano de vida, quando as características nutricionais da criança já não têm tanto impacto sobre o seu crescimento como na primeira infância.
A deficiência do GH deve ser tratada o quanto antes e bem antes do início da puberdade. Caso contrário, a criança terá muito pouco tempo para crescer e os seus ossos se consolidarão rapidamente. A partir daí já não haverá uma ação expressiva de medicamentos à base de hormônio do crescimento.
A avaliação médica inicial para o diagnóstico do nanismo se dá pela curva do crescimento e peso, e através de exames laboratoriais hormonais, e outros testes de estímulo do GH. O seu tratamento se dá pela aplicação de injeções diárias e noturnas do GH. O governo estadual fornece este medicamento, ou hormônio, logo após o diagnóstico ser realizado pelo especialista.
José Cervantes Loli endocrinologista (Apucarana) |