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Dicas de Saúde / Psicologia
 
Escolhas
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Fausto foi um personagem do romance escrito pelo alemão Goethe que desejava superar os conhecimentos da sua época. Era um médico cientista, estudioso da alquimia e magia, que se afligia por perguntas sem respostas no tempo em que viveu. Esse romance, um dos mais importantes da literatura alemã, foi escrito em duas partes: 1806 e 1832 e o personagem Fausto era inspirado em uma pessoa real que viveu entre 1480 e 1540, o médico Johannes Georg Faust.

Ambos os Faustos, o real e o fictício, eram pessoas curiosas, ansiosas por saber mais em um tempo cujos instrumentos para isso eram precários. Goethe trabalhou esse conflito em sua novela e a saída encontrada por Fausto foi fazer um pacto com o diabo, Mefistófeles (etimologicamente, o inimigo da luz). O acordo selado com sangue duraria 24 anos e nesse tempo, Fausto não envelheceria, teria acesso a conhecimentos novos e experimentaria todos os prazeres do mundo. Em troca, daria sua alma para Mefistófeles por toda a eternidade.

Fausto usufruiu desses 24 anos da melhor maneira possível, mas não sabia que nesse meio tempo iria se apaixonar por Margarida. Vendo vencer seu tempo no acordo, ele se desesperou, pois não queria abandoná-la e esperou que o amor lhe concedesse a salvação. Isso não aconteceu e o destino com o qual se comprometera se fez valer.

Esse mito trata de algo com que nos deparamos diariamente, uma preciosidade exclusiva dos humanos e ao mesmo tempo nosso calvário: a liberdade de fazer escolhas. Os animais tem menos dúvidas que nós, pois são pré-determinados por uma espécie que lhes garante um código seguro do que fazer. Diferentemente, nós podemos escolher o que fazer diante de um estímulo.

A estória de Fausto aborda a idéia da perda como um subproduto da escolha, pois em menores ou maiores doses ela sempre existe. Algumas escolhas são simples, cotidianas e outras são mais difíceis de serem feitas, gerando mais dúvidas e inevitáveis ansiedades. Mas, invariavelmente, todas escolhas tem seu preço, ou como é dito no postulado econômico “Não existe almoço grátis”.

Virada de ano é época de rever escolhas e invariavelmente escolher é trocar. Muitos se propõem abrir mão do velho pelo novo e mudar hábitos na passagem do ano, movidos por um espírito organizador que todo limite desperta. Sabemos que poucos sustentarão essas mudanças depois de alguns dias, pois serão vencidos pelo conforto dos velhos hábitos. Mas, tentar traz esperança, ânimo, disposição para novos começos. Só não vale se enganar e acreditar que existem escolhas sem perdas, trocas ou um preço a ser pago.

Como Fausto, temos nossas inquietudes e descontentamentos e podemos fazer algo para mudar. O preço varia de acordo com a recompensa, mas a conta sempre chegará. Mas mesmo assim, nada paga a liberdade de opção. Que em 2012 você faça boas escolhas!
 
Fonte : Dra. Renata De Luca Publicado : 31/12/2011
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