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A OMS define depressão como um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza, perda de interesse, ausência de prazer, oscilações entre sentimentos de culpa e baixa autoestima, além de distúrbios do sono ou do apetite. Também há a sensação de cansaço e falta de concentração.
Distinguir tristeza de depressão é um passo muito importante, conforme o psiquiatra Paulo Fernando Nicolau, de Londrina. Segundo ele, a tristeza é uma reação comum à frustração, perdas da vida e sofrimentos do dia a dia. Já a depressão é uma doença que se caracteriza por humor alteradode forma bastante profunda.
Os transtornos depressivos podem ser crônicos ou pontuais. De acordo com o psicólogo e psicoterapeuta Leonardo Araujo, de Curitiba, há casos graves que se tornam crônicos, mas é a maioria é episódica. Segundo ele, nos casos pontuais, geralmente, os primeiros resultados começam a surgir a partir do segundo mês de tratamento; em seis meses há uma melhora significativa e em um ano os resultados são bem mais acentuados.
‘‘Em muitos casos o ideal é utilizar a terapia medicamentosa. Nem só remédio, em só terapia. As duas coisas precisam caminhar juntas porque na depressão há um distúrbio neuroquímico, mas também questões emocionais’’, pontuou
Araujo. Sem citar números, o psiquiatra Nicolau relata que nos últimos anos tem aumentado o número de pessoas depressivas e credita esse crescimento
à correria do mundo moderno. ‘‘É um ritmo muito acelerado que exige cada vez mais das pessoas; elas não têm tempo de se organizar, mas são submetidas
às cobranças constantes e isso causa um desgastemaior’’, explicou.
Publicado por: FOLHA DE LONDRINA |