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Dicas de Saúde / Psicologia
 
Teste do Pezinho
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O Programa Nacional de triagem Neonatal, mais conhecido com teste do pezinho, está completando dez anos em 2011. Foi uma iniciativa do Ministério da Saúde para detectar, através de exame de sangue colhido na maternidade, a presença de doenças genéticas graves: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias. Hoje, é um direito assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Esse exame deve ser feito 48 horas após o nascimento do bebê, pois ele deve ser alimentado e ter seu metabolismo ativado, para que sejam percebidas deficiências de substâncias em seu organismo. Importante notar que essas substâncias podem ser repostas quimicamente, prevenindo complicações que invariavelmente ocorrerão se não forem detectadas precocemente, sendo a mais comum delas, o retardo mental. Por exemplo, o exame da fenilcetonúria detecta a deficiência de um aminoácido que se acumula e lesiona o cérebro, mas seus sintomas apareceriam apenas com seis meses de idade. Se detectado antes, uma simples dieta alimentar resolve o problema e evita a deficiência mental.

Isso é garantido por lei no Brasil e já existe um novo projeto de ampliação desse teste, que passará a abranger 21 doenças. Mas, assim como acontece com outras leis, a realidade brasileira está bem distante do ideal! No Brasil nascem aproximadamente três milhões de bebês por ano e desses, 82 tem acesso ao teste do pezinho.

Parece satisfatório, mas o que dizer dos 40 mil bebês que deixam de ser testados anualmente? E dos Estados que tiveram dez anos para viabilizarem as duas fases do teste e não o fizeram? Alguns estados do norte ficam abaixo dos 50 no índice de teste dos seus bebês. Deu tempo suficiente para profissionais serem capacitados, estruturas adaptadas, informação divulgada, reagentes comprados. Enfim, providências serem tomadas para que 40 mil bebês não corressem um risco desnecessário de terem essas doenças e não serem tratados precocemente por desconhecimento.

Na rede particular, há a opção de fazer testes mais amplos, que detectam um leque maior de doenças e recebem os nomes complementares de teste do pezinho ampliado, super, master ou plus. A APAE de São Paulo realiza o mais completo teste, cobrindo a detecção de 46 doenças, além de fazer o encaminhamento para tratamento, caso haja detecção.

O abismo social se apresenta já no nascimento, onde as oportunidades são diferentes dependendo da maternidade e do estado onde nascemos. Há uma desigualdade na implantação desse programa e dez anos depois, apenas 1/3 das unidades da Federação passou da primeira fase do programa. Isso quer dizer que as crianças nascidas nesses estados tem acesso apenas ao diagnostico de duas das quatro patologias testadas pelo programa.

Ambos os sangues são coletados, mas o destino pode ser muito diferente para um bebe nascido em uma maternidade cujo teste do pezinho abrange duas doenças e outro cujo mesmo teste mapeia 4, 21, 46, 50, 60, 70...
 
Fonte : Dra. Renata De Luca Publicado : 07/03/2011
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