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As Filhas de São José

A "FILHA" MAIS NOVA DE JOSÉ
Pe. Jerônimo Gasques

1. VISÃO GERAL E INICIAL

Antes de me reportar à "filha" mais nova de José gostaria de esclarecer outro fato marcante nessa configuração de paróquia dedicada a São José. A nossa paróquia nasce no alvorecer do ano 1968, precisamente no dia 19 de março. Passados dez anos a paróquia se divide com a criação da Paróquia Nossa Senhora Mãe da Igreja no dia 19 de março de 1978. Sendo seu primeiro pároco Pe. Expedito Pereira Cavalcante e passando por lá outros sacerdotes: Pe. João Goetz (falecido e de grata memória), Pe. Altino, Pe. Umberto, Pe. João Gussi, Pe. Helio, Pe. Dirceu, Pe. Tuti, Pe. Hilário, Pe. Antonio (falecido), Mons. Miguel, Pe. Alex que, até então, sempre esteve associada ao Seminário Diocesano. Com a transferência do Mons. José Antonio, de Santo Anastácio, ela se tornou independente do Seminário e que a partir do mês de fevereiro de 2008 voltou a se associar ao Seminário. Atualmente, Pes. Edcarlos e Paulo são os responsáveis pastorais pela propria. Esta foi a "primeira" filha de São José. Neste ano (2008) esta paróquia celebra seus trinta anos de ministério.

Agora vejamos, com mais detalhes, a "segunda" filha de São José a qual a conheço palmo a palmo. Da qual guardo as mais gratas recordações.

Desejo, neste espaço, reiterar um pleito de agradecimento pelos vinte anos de fundação da Paróquia dedicada ao seráfico pai São Francisco de Assis. Transcrevo uma jubilosa saudação histórica a todos que nos lêem nesse momento. A história, certamente, será uma página que poucos conseguem enxergar por estar embaçada na lembrança dos atuais membros, mas que reluz na lembrança daqueles que edificaram e continuam a edificar a sua caminhada. Mais que a história, o livro da vida, efetivamente, nos remete ao passado e resgata o bom ar de tempos idos que ficaram na lembrança e daqueles que não mais estão conosco e que, na eternidade, intercedem por nós todos. Entretanto, as lágrimas, as preocupações, os sofrimentos, os acertos e erros estão registrados nas fimbrias da historia que não se conta, mas sente. Assim, com reverencia um pouco do muito!

Era o dia 14 de agosto de 1988. Era uma manhã fria mas com sol a pino. Chegava de mudança de São Paulo. O que trazia na bagagem? Uma geladeira, quatro cadeiras, uma maquina de escrever, um aparelho de som, uma cama, algumas panelas e uma mesa e quatro cadeiras. Um fogão. Uma mala antiga do tempo de seminário. Centenas de livros e muita determinação para iniciar uma nova paróquia, esta dedicada a São Francisco de Assis, na região oeste de Presidente Prudente – SP.

Como não tinha onde morar, residi no seminário por alguns meses e, depois, me cederam uma casa na COHAB até que terminassem a casa paroquial no andar superior do atual salão paroquial que estava sendo construído. Minha mudança ficou na casa de uma das famílias da comunidade.

Daí alguns dias D. Agostinho me levou para mostrar a área da futura paróquia. Asfalto somente existia em algumas ruas; as comunidades construídas eram: Perpetuo Socorro, São Benedito, São Francisco (igreja em madeira com um barracão de festa), Caravinas e Magalhães. São João era um grande barracão em madeira que servia de igreja e salão de festa e as comunidades onde se celebravam as missas eram em casas e escola local. Na Nossa Senhora da Graça e Santo Agostinho as missas eram celebradas na escola e casa dos membros da comunidade.

No dia 15 de agosto de 1988 foi criada (fundação) a paróquia São Francisco; no dia 4 de outubro a instalação da paróquia; 14 de outubro nomeação do primeiro pároco e no dia 25 de dezembro a tomada de posse da nova paróquia da Diocese.

Com o asfaltamento de alguns trechos da Avenida Juscelino Kubscticheck, em 1990, ficou mais acessível a comunicação entre algumas comunidades. Bom saber que fiquei muitas vezes atolado por aquelas bandas bem como o acesso ao Caravinas e Magalhães era de terra batida e cascalho. A paróquia não tinha carro e o fusca branco era emprestado da Mitra para os trabalhos de pastoral. Não tínhamos nem telefone e nem tampouco uma secretaria para o atendimento das pessoas; tudo era feito por mim mesmo durante o dia. Os primeiros moveis da casa paroquial foram doados pela Irmã Cionila e D. Agostinho.

A catequese da matriz era feita ou na igreja ou nas áreas das casas das pessoas da comunidade. Em 1990 começamos a celebrar no salão paroquial, pois, a contragosto de alguns e em 1991 dividimos o salão de madeira em seis salas de catequese. Mas tudo era muito precário. A partir desse ano começamos a realizar as festas ao relento, na praça da Rua das Guarucaias.

Tudo era muito frugal e simples. O povo estava muito animado e confiante. Não tínhamos grandes coisas mas tínhamos o coração generoso daquele povo e um projeto em mente. Tudo era feito com muito critério, planejamento, zelo e dedicação de todos. A maioria dos trabalhos foi feito em sistema de mutirão. Era só convocar e o povo aparecia para o trabalho. Faziam-se muitas festas e não havia outra maneira de entender a situação de precariedade em que vivíamos. O dízimo começava a dar os primeiros passos, mas era tudo o começo de um grande sonho!

O incentivo das missões redentoristas, em 1993, veio dar mais animo à comunidade. Com todo o planejamento missionário conseguimos redesenhar a paróquia por inteiro. Dividimo-la em setores e fizemos funcionar muito bem. Partíamos para uma segunda etapa. Estávamos mais dispostos a alicerçar os fundamentos.

Sem obedecer um cronograma detalhado assim nos dispomos:

A CONSTITUIÇÃO FÍSICA DA PARÓQUIA

Com o crescimento da região apareceu a necessidade de se adquirir terrenos para as futuras obras de capelas e salões comunitários. Aqui certamente estava o grande desafio econômico para a futura paróquia que não dispunha de dinheiro necessário para a aquisição dos terrenos e outras benfeitorias. Mal tínhamos para as coisas mais primarias. Tudo começou do começo e sem nenhuma providencia externa. Isso fazia alguns desconfiarem e, outros, sentirem o quão Deus era previdente para conosco. Os milhões em cruzado, cruzeiro e reais aplicados vieram de recursos próprios da comunidade à exceção do gol que foi doado pela Adveniat, em 1992.

Não me deixei abalar pelos apelos de D. Agostinho. Adquirimos o primeiro terreno na Perpetuo Socorro e iniciamos a construção do salão comunitário com dois pavimentos. Reformamos e ampliamos aquela igreja que antes era muito acanhada e inexpressiva para o bairro. No entanto não tinha muito que fazer, pois nem as ruas eram asfaltadas ainda.

A capela São Benedito tinha um frontal (fachada) deprimente. Inicialmente sem asfalto. Reformamos, ampliamos e construímos um pequeno salão e duas salas de catequese no andar superior.

No Jardim Santa Paula tínhamos um terreno que se situava em um grande buraco (cratera). Fizemos uma permuta com a Prefeitura e construímos no bairro São Gabriel a atual capela com três salas de catequese no subsolo.

Na matriz iniciamos a construção do centro de catequese em sistema de mutirão que me valeu inúmeras criticas devido o tamanho do mesmo. Havia a proposta de se construir a futura e atual igreja de São Francisco, a secretaria paroquial e a casa paroquial. Estávamos em procedimento do projeto Francisco 2000. Consegui com o prefeito Paulo Constantino a permuta de uma praça e cedemos o acesso à Rua Ipês Amarelo à Prefeitura e em 1995, 4 de outubro, lançávamos a pedra fundamental para a edificação de uma igreja moderna, mas simples como o fora seu patrono. No entanto a mesma seria um sinal para a região e com ar condicionado central, uma das únicas ate aquela data/tempo.

Com o crescimento dos novos bairros, os desafios iam aparecendo a cada instante/ano. No bairro Vila Real adquirimos dois lotes e celebrávamos debaixo da lona todos os meses e tínhamos por devoção Nossa Senhora de Lourdes; na Santa Fé, adquirimos seis lotes e celebrávamos debaixo da lona por vários anos a fio. Aqui se pensava na futura paróquia dedicada a São Paulo. Tempo de muito sofrimento, renuncia e firmeza. Mas todos estavam animados e o barracão ficava lotado de pessoas para celebrar a sua fé, duas vezes por mês. Tínhamos um projeto de construção de uma igreja bem como de anexos: casa paroquial, salas de catequese e salão paroquial. Nada disso ficou! Tudo foi reformulado.

No Parque Residencial Funada, adquirimos um lote para a construção de uma capela e atendimento aos futuros bairros que surgiriam. Com o surgimento de um pequeno conjunto habitacional, em sistema de mutirão, no Bairro Jardim São Geraldo, celebrávamos nas casas e estava em andamento a aquisição de um terreno para a construção de um salão comunitário dedicado a São Jorge e atendimento dos moradores de arredores.

Com o surgimento de novos conjuntos habitacionais adquirimos no Jardim Tropical, atual São Lucas, seis lotes e celebrávamos nas casas. Iniciamos um projeto de construção que depois foi modificado; construímos a capela de São João que antes se celebrava em um salão/barracão de madeira ao lado da mesma e no Parque Cedral, existia um terreno e construímos a capela Nossa Senhora da Graça e um formoso salão comunitário de dois pavimentos com cinco salas de catequese. Mais tarde reformamos a capela e a ampliamos, modificamos o sistema de som e ar condicionado. Mais tarde – Jequitibás II - conseguimos legalmente a posse do centro comunitário que se encontrava abandonado, reformamos e instalamos a Casa de Solidariedade Santo Expedito para o atendimento social daquela região. Mensalmente se celebrava por ocasião do dia 19 dedicado a Santo expedito.

Adquirimos no Bairro Santa Elisa dois lotes e construímos a Santo Agostinho, o salão, as quatro salas de catequese ao lado e a secretaria de catequese. O espaço ficou muito bonito. Estávamos cansados de celebrar nas casas com mudança constante de endereço.

No Servantes I, adquirimos um lote e construímos a igreja dedicada a Santa Maria dos Anjos e o centro de catequese ao fundo. No mesmo bairro conseguimos a posse legal da Prefeitura um terreno de 800m2 para se construir a Casa do Menor.

No Bairro Greem Ville, compramos três lotes e havia a proposta de se construir um espaço para a terceira idade, dedicado a São Joaquim e Santa Ana. Tudo ficou no sonho de que alguém, por ventura, o fizesse.

No Servantes II adquirimos quatro lotes em declive e construímos o oratório dedicado a Santo Expedito com todos os anexos existentes. Numa grande área a descoberta para se celebrar todos os dias 19 de cada mês. Antes dessa obra celebrávamos ao relento, na rua, nas casas de família e, depois, com a reforma do antigo centro comunitário, Jardim Jequitibás II, que, depois foi denominado de Centro de Solidariedade. Antes disso celebrávamos na rua a céu descoberto animados por um carro de som.

No Mediterrâneo conseguimos dois lotes e construímos a Santa Clara, três salas de catequese e adquirimos a posse legal de outro terreno ao lado sul para se construir um centro de promoção social. É bom dizer que celebrávamos as missas na residência de D. Lúcia e também se fazia a catequese.

Com o advento da Ana Jacinta e Mario Amato conseguimos a posse legal de duas grandes áreas e celebrávamos ao relento por vários meses. Ali estava em andamento um grande projeto de uma igreja dedicada a São Camilo de Lellis que, com a criação da nova paróquia, tudo veio a ruir. Mais tarde D. Agostinho constroe a igreja atual com o salão comunitário. No Mario Amato ainda esta do mesmo jeito!

Nesse ínterim compramos um terreno na zona rural, município de Álvares Machado para construirmos um espaço de lazer, formação e acolhimento dos paroquianos. Uma bela obra de rara beleza arquitetônica. Seu padroeiro seria o grande e zeloso missionário, Santo Inácio de Loyola, pois nesse dia, 14 de julho de 2001 lançávamos a pedra fundamental depois de termos feito toda a terraplanagem para acertar o terreno acidentado. Antes construímos a residência do caseiro, um barracão e o poço artesiano.

Com o crescimento da paróquia e dos desafios próprios da mesma sentíamos a necessidade de um espaço de atendimento social voltado para a profissionalização dos assistidos. Não queríamos que os mesmos fossem simplesmente assistidos. Como um milagre, pedimos à Prefeitura a doação de um terreno de 600m2 e conseguimos 5.800m2. Ali construímos o cobiçado São Damião com o título de Fraternidade São Damião, pois assim era o seu objetivo: um espaço de auto-sustentação. Pensou-se em uma Fundação mas D. Agostinho não aprovou a idéia. A Fraternidade tinha a intenção de auto gerir-se. Foi inaugurado no dia 20 de janeiro de 2004.

Com a canonização de Santa Paulina edificamos a sua capela – que já estava pronta -, bem como o velório comunitário para o atendimento dos paroquianos e, mais tarde, o velório paroquial legalmente instituído. Inclusive entramos com um projeto de lei aprovando o mesmo junto aos Edis municipais que, por sinal, houve a sua aprovação. Conseguimos modificar a Lei que autorgava a uma única empresa a administração dos funerais no município de Presidente Prudente.

Com o surgimento do conjunto habitacional ao fundo da Cohab denominado de "São Francisco" celebrávamos mensalmente nos diversos prédios. Iniciávamos, ali, a catequese e reuniões de setores. Vale lembrar que tínhamos mais de cem núcleos (setores) ativos na paróquia. Toda a campanha de ordem paroquial iniciava-se por eles. Todo o atendimento social começava por ai. Nos setores se desenvolviam as novenas de natal, campanha da fraternidade e outros momentos importantes, inclusive, encontros bíblicos, missionário e vocacional durante o ano.

O destaque mais popular eram as festas de São Francisco, de Pentecostes, a semana mariana e a festa junina. Reuniam-se na praça milhares de pessoas que vinham prestigiar nossas atividades. Por ocasião da Páscoa realizávamos a procissão da madrugada em silencio e o café comunitário que, a cada ano, aumentavam os participantes.

A  FORMAÇÃO  PASTORAL  DA  PARÓQUIA


Esta foi a parte material da administração e formação física da paróquia de São Francisco. Mas não foi somente isso que fizéramos. Aqui entra a questão pastoral de suma importância para aquela região. Certamente que a paróquia foi um marco para a região oeste da cidade; uma referencia inquestionável. Nesse período tínhamos em nossa região treze igrejas evangélicas atuando nas mais diversas denominações.

Todo o ano iniciava o calendário com uma assembléia formativa e de orientação para os novos rumos ao ano que se iniciava. Era o momento para se prestar conta, à miúdo, das varias atividades e da questão econômica da paróquia.

Vale, apenas, lembrar: a atuação presente dos grupos de pastoral da juventude, pastoral universitária, dos namorados e de adolescentes; a pastoral familiar com sua atuação em vários setores da família no que tange à ação social, formativa e educativa da família; cursos de noivos e preparação para a legitimação matrimonial; casamento comunitário e outros. O coral São Francisco que abrilhantava nossas celebrações e atividades outras. A pastoral do batismo com a incansável preparação de pais e padrinhos. Os ministros e senhoras da pastoral da saúde a serviço do altar, exéquias e o cuidado dos enfermos.

A catequese com destaque às cinco etapas de formação; a crisma em três anos. Era um grupo de mais de 120 catequistas integrantes. A catequese com jovens e adultos em preparação aos sacramentos. As celebrações do culto dominical para as crianças como lugar próprio para elas. Destaco o espaço-criança para a catequese enquanto os pais estão participando da missa e a intenção-projeto de se construir uma capela para a infância. O acolhimento às mães com bebes e o seu lugar de destaque na liturgia.

As assembléias paroquiais a cada três anos para revezamento de agentes. Todas as comunidades tinham a sua coordenação própria e independente da matriz, bem como a contabilidade que, depois, se somava à da matriz. Unido a todo esse trabalho catequético tínhamos a infância missionária nas comunidades maiores.

Encontros mensais de formação pastoral – todos os terceiros domingos/mês - para todos os engajados na ação de pastoral. As reuniões mensais dos conselhos de pastoral; encontros formativos dos Ministros e Senhoras da pastoral da saúde e demais agentes. Os leigos tinham bastante autonomia conquistada com o respeito de uns para com os outros. A divisão dos poderes era exercida com discrição.

As semanas catequéticas (janeiro) e sociais (julho ou setembro) despertavam interesse de participação de toda a comunidade. Eram fóruns de interesses e que tivesse uma ligação com o trabalho pastoral do momento. As caminhadas bíblicas por ocasião do mês de setembro com a participação dos setores e agentes de pastoral eram um grande destaque paroquial.

O mês do dízimo – junho – celebrado com muito decoro e testemunho da comunhão entre os membros. A semana da família dando destaque às questões sobre a família. Os dias de estudos por ocasião dos recentes documentos Pontifícios ou da CNBB, no caso, as Diretrizes e outros. O projeto Rumo ao Novo Milênio, Projeto de Nova Evangelização e o seu desdobramento nos anos posteriores realizados em todas as comunidades.

No que tange à Palavra de Deus criamos o curso "Boa Semente" em todas as comunidades para todos os agentes e interessados e depois desenvolvemos estudo bíblico – a modo de escola dominical - em todas as comunidades.

A paróquia – matriz - mantinha uma estrutura para o atendimento social personalizado de mais de duzentas famílias. Inicialmente pelos Vicentinos e, depois, a pastoral social assumia forma mais ousada de atendimento. O Centro Social mantinha uma sopa comunitária para os assistidos todas as quintas feiras, bem como a Nossa Senhora da Graça, Santo Expedito e Perpetuo Socorro. Igualmente se destacava a assistência noturna com a sopa aos mendigos da cidade; tínhamos vários grupos que se esmeravam nessa atividade. Vale lembrar o benéfico trabalho da pastoral das mulheres com uma atuação impar para o momento. Seu principio era voltar-se para a questão de gênero. Esse trabalho valeu várias monografias por estudantes de serviço social da Faculdade Toledo de Ensino.

Unido a esse trabalho vale destacar o atendimento de terapia ocupacional com fisioterapeutas responsáveis pelo atendimento às mulheres e homens interessados. Importou muito o trabalho com a terceira idade.

Para manter todos esses trabalhos contávamos com vários estudantes de serviço social, psicologia, educação física, fisioterapeutas, contabilidade e direito que se revezavam nas diversas atividades jurídicas, físicas e educacionais. Desenvolvemos varias atividades de assistência jurídica, contabilistica e profissional para os assistidos, bem como cursos de pedreiro, culinária, corte e costura, bordado, pintura, elétrica, economia domestica, crochê e outros. As oficinas de orientação eram muito concorridas. Vale lembrar o atendimento pastoral com as ervas medicinais mantidos pela paróquia; encontros de formação de agentes nesse setor da saúde.

O destacado trabalho com a pastoral da sobriedade que, antes, se denominava alcoólicos anônimos. Diferenciando-se devido a diversidade de situações. O atendimento pastoral não se restringia apenas aos que viviam em situação de risco, mas também às suas famílias.

O centro social mantinha um atendimento pessoal e direto aos enfermos da comunidade com auxilio de medicamentos e cesta básica para todos. A este trabalho devemos agradecimentos ao enfermeiro Cláudio que se desvelava nessa atividade e um grupo de outras enfermeiras para suprir as necessidades dos enfermos acamados e sem condições de assistência pelo Estado ou Município. Devemos enfatizar o trabalho com a pastoral da criança e o atendimento direto às famílias assistidas que eram socorridas pela pastoral.

Vale lembrar as atividades com a terceira idade, motivadas pela pastoral das mulheres. Os vários cursos motivando a saúde e bem estar de homens e mulheres nessa idade. Os encontros de formação, orientação e educação física para a terceira idade.

Destaque mereceu os vários anos com os cursos de alfabetização dos jovens e adultos em horário diurno e noturno; as aulas de reforço escolar e preparação ao vestibular. Foram inúmeros professores e estudantes voluntários que se revezavam e se dedicavam a essa atividade. Mereceu o reconhecimento da Secretaria de Educação do Município e o encaminhamento de alunos às nossas atividades. Tínhamos, nesse período, a escola de datilografia! Coisa do passado mas que era a nossa realidade.

A pastoral vocacional se prestava ao auxilio econômico de alguns seminaristas de nossa paróquia e alhures, bem como as visitas às famílias dos vocacionados, auxilio ao seminário e os dias de oração pelas vocações e a presença sempre marcante do Apostolado da Oração. Dessa paróquia saíram vários padres: Pedro, Furine, Fernando e Alex. A presença sempre marcante da Legião de Maria em varias comunidades.

O dia primeiro de maio com suas manifestações polico-religisosa, mantinham uma presença constante de manifestação publica da fé. Unido a isso o nosso trabalho de conscientização sobre as necessidades sociais do meio ambiente de se recuperar o córrego do veado e o balneário.

Por ocasião dos dez anos de criação da paróquia, houve uma reestruturação pastoral com o slogam: "Nossa paróquia é 10". Fizemos um trabalho por dois anos de qualificação dos agentes tendo em vista a dinâmica de Qualidade Total. Foi um trabalho de reciclagem de dois anos; árdua tarefa e cansativa mas que produziu muitos resultados operacionais para o atendimento qualificado dos agentes. Implantamos a pastoral do acolhimento e demos destaque à liturgia. Criamos e dinamizamos as equipes de liturgia em todas as comunidades com alguns recursos áudio visuais no retro projetor. Era novidade naquele tempo! Nossas celebrações eram muito concorridas até em virtude das novidades que se implantavam pela equipe de liturgia. Vale dizer muito eficientes.

A experiência do dízimo com mais de mil e duzentos colaboradores fieis e os mantenedores das obras sociais da paróquia dando destaque à Fraternidade São Damião, eram o sustento e o esteio de todo o trabalho paroquial.

Desenvolvíamos, nesse tempo, anualmente as cruzadas de oração e a missa às quartas feiras com o estudo bíblico da liturgia do dia. Contávamos com uma presença de mais de 500 agentes de pastoral semanalmente. Durante o mês de maio o destaque era a semana mariana com a imagem peregrina de Nossa Senhora visitando as comunidades. A presença do movimento de Schanstat com a imagem de Nossa Senhora Três vezes Admirável e sua devoção mensal. Outro incentivo foi a motivação às Oficinas de Orações e o movimento das capelinhas nos setores. . É bom lembrar o grupo de oração da Matriz às quintas feiras e na Perpetuo Socorro.
Era um prenuncio da Renovação Carismática que nunca conseguiu se afincar.

A Pastoral da Juventude bastante atuante na matriz e capelas se esmeravam nas reuniões e variados encontros de formação e de espiritualidade. Vale lembrar a "madrugada com Cristo" onde a juventude, após a celebração da missa, passava a noite em oração, meditação e celebração; bem como os momentos de animação com o "rock pastoral" com a apresentação das bandas juvenis da paróquia e região.

O festival franciscano realizado uma vez por ano atraia um grande publico onde os inscritos preparavam canções com motivação franciscana. Os textos eram inspirados na figura de São Francisco. A equipe preparava a comissão julgadora para a avaliação da melhor canção.

O Apostolado da Oração e a pastoral da saúde faziam um bom trabalho de atendimento às pessoas enfermas da comunidade bem como o atendimento hospitalar levando a Eucaristia, oração e o conforto espiritual às pessoas necessitadas. O atendimento às exéquias e a visita às famílias enlutadas.

No que tange aos meios de comunicação social, instalamos clandestinamente, o radio "Francisco FM". Esta ficou muito tempo no ar, mas devido a perseguição achamos melhor encerrar as atividades. O jornal paroquial que circulava mensalmente e em 2001 a criação do site próprio para dar incentivo aos internautas que, por sinal, estava começando. O mesmo foi muito bem vindo com centenas de visitas semanais. O primeiro de nossa Diocese!

A paróquia tinha uma biblioteca com milhares de livros cadastrados para o atendimento dos catequizandos e demais interessados. Era muito bem freqüentada e organizada com pessoas adultas e jovens que se dispunham ao atendimento voluntário. No arquivo morto estão arquivados todos os andamentos de pastorais e outros por todos esses longos anos. Bem o diria do livro tombo com seu cronograma regulamentado e, modestamente, bem detalhado e documentado.

Vale lembrar os retiros por ocasião do carnaval com a presença dos agentes de pastoral realizados no Colégio Cristo Rei e os retiros com a juventude; dias de formação e orientação à pastoral da juventude e adolescentes. Aos Ministros era reservado o terceiro domingo para estudo, meditação e espiritualidade formativa.

Não esquecer os dias de confissão, batismo, matrimonio e o atendimento sempre pontual às necessidades daqueles que nos procuravam em momentos de incertezas. Foram tantas as lágrimas e as alegrias incontidas nesse vasto dezesseis anos de atividades que é impossível registrarem. Os sábados de manhã sempre reservados ao atendimento aos agentes de pastoral. A secretaria paroquial era um marco de encontros dos agentes de pastoral.

AS OUTRAS "FILHAS" DE JOSÉ

No dia 1 de fevereiro de 2004 deixava aquela paróquia para tomar posse o seu administrador paroquial, Pe. Luis Inácio.

Esta querida filha mais nova de São José – São Francisco de Assis - veio, com o tempo, a se tornar varias paróquias. Todas elas com suas características próprias como é normal. Certamente que os novos párocos não tiveram as mesmas dificuldades pois assumiram uma paróquia bem constituída física e financeiramente. Agora o desafio, certamente, será o pastoral. Apenas, humanamente, o reconhecimento! Talvez. Pudera!

A primeira a se delatar foi a Paróquia de São Paulo, na Vila Santa fé. Sua data de fundação foi no dia 25 de dezembro de 1996. Seu primeiro administrador foi o Pe. Ivair Zanqueta. Em seguida veio o Pe. Eduardo Biral e Pe. Jailton e, recentemente, o Pe. Pedro Niltom Guarinão e Pe. Anderson. Vários padres com características totalmente diferentes um dos outros. Cada um a sua maneira refazem o espaço do Reino naquela dimensão próprio que lhes foram confiados pelo Sr. Bispo.

A segunda foi a de São Lucas. Desmembrada da São Paulo, o Pe. Antonio Cordeiro iniciava um desafio, a seu modo, peculiar. Agora era o momento de organizar aquela comunidade e terminar a obra que se iniciara com o pároco anterior. Certamente que dar continuidade é sempre desafiante. O Pe. Mauro Laércio Magro, exerce a sua função de forma diferente. Paróquia pequena com características tipicamente urbana e com infra estrutura estabelecida que, de certa forma, não o incomoda.

A terceira foi a Perpetuo Socorro. Desmembrada da São Francisco em fevereiro de 2007 é uma paróquia de pequena estatura devido a sua dimensão e com desafios próprios da cidade que não tem mais para onde crescer. Foi reservada a esta paróquia a parte mais pobre e carente da grande mãe com uma divisão geográfica fora de contexto. Seu pároco é o Pe. Wilson Cristóvão.

Certamente que todo esse processo foi como um grande mistério. Deus tem concedido infinitas graças nesses vinte anos de paróquia. Deus tem olhado para a pequenez de seus servos e, na disponibilidade, nos faz progredir na esperança.

Em cada instante o desafio era a edificação de mais um espaço para a celebração da fé e a reconstrução da vida pastoral. Quando olho para o passado, com ar de fé, fico imaginando como fora possível fazer tudo aquilo em tão pouco tempo e com tão pouco recurso. Houve anos que tínhamos três obras em andamento, quarenta e oito funcionários e nunca nos faltou o dinheiro necessário para a execução das obras em questão. O Deus providente nos concedia o necessário e o nosso querido São Francisco nos financiava espiritualmente a intenção de progredir. O dízimo sempre nos acudiu com o misterioso milagre da partilha. Uma grande experiência de solidariedade.

Se eu tivesse a oportunidade de sonhar mais um pouco ainda diria que nos faltou muitas coisas. Desejava uma escola paroquial para o atendimento da juventude da zona oeste; a creche para o atendimento das famílias trabalhadoras da região e um templo dedicado à terceira idade. Em todo o caso, tudo isso ficara guardado para a eternidade.

Animado pela expressão de São Francisco, iniciava o ano com aquele pensamento seu: "Irmãos, ate agora nada fizemos. Vamos começar tudo de novo". Que o seráfico pai abençoe o seu Administrador e o povo da São Francisco. Sempre agradecido pela lembrança amável e benevolente daquele povo que em tempos de penúria soube dar de si o que podiam partilhar e aos que não nos entenderam nossa reverencia perdoante. Deus seja bendito para sempre!


São José, cuide de suas "filhas" e rogue por elas!

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